domingo, 21 de abril de 2024

EM BUSCA DOS MANUSCRITOS DE AÍDA…

Por Cecilia Mattos Setubal

Não pensem que é teoria da conspiração. Também não é estratégia de marketing, não estou em busca de likes, de engajamentos... Na verdade, o que vou lançar aqui pode ser um tema fascinante para investigação: por onde anda o texto do livro da professora Aída de Souza Faria(1) sobre Belarmino de Mattos? Foi concluído, mas não publicado. 


Em 2015, ao realizar pesquisas para a mostra de 125 anos desse jornalista, sondei com algumas pessoas se sabiam algo a respeito. Todos foram taxativos, afirmaram que não tinham nenhuma informação. Estranho… eu mesma ouvi meu pai, Cezar Mattos, amigo da Aída e filho de Belarmino, comentar que só faltava uma entrevista para finalizar o livro, a de Irene de Mattos Monteiro (1917-1998), sua irmã. Como a autora falecera em 2003, tentei contato com seu filho William, que revelou não saber o paradeiro dos manuscritos… Como assim? Quem os guardou? E o texto digitado? Outro mistério…


De acordo com a professora e pesquisadora Maria Nelma Carvalho Braga, o livro estava “em fase de ajustes finais com o professor Marcos Vinicius Varella, seu colaborador para assuntos de informática”(2).


Pela primeira vez escrevo sobre o “sumiço” do projeto do livro de Aída. Tenho esperança de encontrá-lo. Se alguém o guardou, considero uma falta de respeito com a memória da autora e do Belarmino. É importante que seja publicada essa história, contada através da visão dos personagens entrevistados, amigos, familiares, colegas de trabalho, políticos…


Algumas páginas de abertura, manuscritas, foram recuperadas durante pesquisa no acervo de Aída, cedido por Altivo Aleixo, diretor do Centro Educacional Raul Veiga (CERV), em São Gonçalo. O professor era o guardião do acervo e me apresentou cerca de 15 caixas contendo fotos, recortes de jornais, manuscritos, livros etc. O material foi exaustivamente analisado por mim e pelo jornalista Marcelo Oliveira, enquanto membros da comissão organizadora da mostra “Belarmino de Mattos - 125 anos”, realizada em 2016 pela União de Jornalistas de SG (Unijor).


Neste 21 de abril, comemoram-se 133 anos de nascimento de Belarmino de Mattos. É justo que a história desse itaboraiense e cidadão gonçalense seja eternizada nessa obra de Aída.


Para quem conseguir informações ou pistas, garanto como presente um exemplar da obra publicada. 


Alguém se habilita?







Rascunho do livro encontrado
 no acervo de Aída Faria em 2015



O professor Altivo Aleixo e a jornalista Cecilia Mattos
analisam rascunhos manuscritos no acervo de Aída.
Foto: Marcelo Oliveira, 2015

                                                                 

1) Aída de Souza Faria foi a primeira vereadora de São Gonçalo (1962-1966). Formou-se em direito (UFF), pedagogia (SUAM) e jornalismo (Sociedade Educacional Austregésilo Athayde). Diretora de várias escolas e de um presídio feminino. Participou de várias instituições, entre elas o Instituto Histórico e Geográfico de São Gonçalo (IHGSG) e a Academia Gonçalense de Letras, Artes e Ciências (Aglac). Seu pai, Justiniano Pereira de Faria, era amigo de Belarmino de Mattos.


2) Braga, Maria Nelma Carvalho. O município de São Gonçalo e sua história, 4. ed. São Gonçalo: Apologia Brasil, 2024, p. 190.








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