terça-feira, 23 de maio de 2017

Os 200 anos da maçonaria em São Gonçalo

O jornalista Jorge César Pereira Nunes, em artigo publicado no site de Frederico Carvalho, conta a história dos 200 anos de maçonaria em São Gonçalo, tendo entre as primeiras lojas a Cruzeiro Fluminense, da qual o jornalista Belarmino de Mattos foi um dos fundadores.


Placa em homenagem à primeira diretoria 
da Loja Maçônica Cruzeiro Fluminense

Abaixo, um trecho do artigo em que Jorge Nunes fala sobre o grupo de gonçalenses que criou a Cruzeiro Fluminense:

"A mais concreta manifestação da presença maçônica em São Gonçalo, no princípio do século XX, ainda hoje está presente no casarão de Pachecos, construído pelo farmacêutico-químico Augusto Cezário Diaz André na primeira década de 1900 e por ele transformado em hospital durante a epidemia de gripe espanhola em primeiro de novembro de 1918. Suas paredes ostentam os símbolos da Maçonaria, de que ele foi Grão-Mestre.
Porém, a organização oficial e duradoura daquela sociedade em São Gonçalo só veio a ocorrer em 1903, quando foi criada a Loja Evolução. Acusada de rebeldia, foi suspensa em 1907 e só voltou a funcionar em 1912, quando se transferiu para Niterói.
Com aquela transferência, mais uma vez São Gonçalo ficou sem uma representação maçônica local, o que levou um grupo de gonçalenses a se reunir na Rua Feliciano Sodré, 227, em 11 de outubro de 1925 , ocasião em que Antônio Antunes de Almeida, Abílio José de Mattos e Abel Cabral foram eleitos presidente, secretário e tesoureiro de uma comissão provisória, do que resultou a fundação da Loja Maçônica Cruzeiro Fluminense em 25 de novembro de 1925, que funcionou em sede provisória na chácara na Rua Feliciano Sodré, 12 (hoje sede da Instituição Cristã Amor ao Próximo), até a construção de seu templo na Rua Lourenço Abrantes, 100.
Sua primeira diretoria estava assim composta: Venerável, Antônio Antunes de Almeida; 1º e 2º vigilantes, coronel José Carlos da Costa Velho e Belarmino de Mattos; secretário, Abílio José de Mattos; tesoureiro, Alfredo Gomes Mourão; chanceler, Abel Cabral; mestre de cerimônias, Guinaldo Santos Pinheiro; 1º e 2º diáconos, Tiago da Silva Cardoso e Antônio de Almeida Júnior; hospitaleiro, Antônio Maia; cobrador, Portolino Adelantino Saltino; 1º e 2º expertos, Sebastião de Araújo Lessa e Alfredo da Costa Cordeiro; comissão central, Antônio Maia, Jonas Cordeiro e coronel José Carlos da Costa Velho; comissão de frente, Alfredo Cabral, Belarmino de Mattos e Tiago da Silva Cardoso; e comissão de beneficência, Guinaldo Santos Pinheiro, Alfredo Gomes Mourão e Antônio Maia."