No dia 4 de agosto de 2023, a 8ª Subseção da OAB-RJ prestou homenagem a personalidades da imprensa de São Gonçalo.
terça-feira, 16 de julho de 2024
Homenagem da OAB São Gonçalo a personalidades da imprensa gonçalense
segunda-feira, 22 de abril de 2024
Título de Cidadão Gonçalense concedido a Belarmino de Mattos em 1951
Nessa solenidade magnífica e nesse instante de maior júbilo, recebo com
orgulho e desvanecimento, o título de Cidadão Sãogonçalense, com que vem de honrar-me o povo de São Gonçalo através de sua ilustre Câmara Municipal.
Pouco tenho feito para merecer tanto da vossa benevolência e da intenção
afetuosa que manifestais nesse ato como das palmas vibrantes e acolhedoras da minha
recepção neste recinto.
Aqui estou somente para agradecer estes requintes de vossa gentileza que tanto realce dão a minha desvalia, e igualmente, a fortuna de em companhia de Adino Maciel Xavier, Albertina Campos e Luiz Palmier, caber-me também a satisfação de receber de vossas mãos o título máximo com que as cidades distinguem os que mais se destacam em trabalho e dedicação pelo progresso e grandeza de suas instituições.
Agradeço-vos.
Desejo nesta oportunidade dizer do meu reconhecimento a toda a Câmara, e especialmente ao vereador Daniel José de Brito, autor da proposição legislativa que me conferiu o título de cidadão do município de São Gonçalo.
Sou muito penhorado a essa insigne honra que não deve caber à minha pessoa somente, porque só a pode merecer dignamente, a minha terra natal – Itaboraí – berço de homens ilustres que no passado tanto elevaram a pátria, nas letras, na jurisprudência, na administração, na política e na diplomacia. À terra do meu nascimento cabem essas
homenagens.
Creio no vosso apreço à imprensa na sua constante faina pela grandeza do
município e aí está toda a significação dessa homenagem ao jornalista que a representa nesta inesquecível solenidade.
A todos, a minha gratidão.
Belarmino de Mattos
FONTE: Discurso proferido na sessão solene, da Câmara Municipal de São Gonçalo, que conferiu o título de Cidadão São-gonçalense a Belarmino de Mattos, Albertina Campos, Adino Maciel Xavier e Luiz Palmier, do dia 22/09/1951. In: Câmara Municipal de São Gonçalo.
Honra ao mérito. São Gonçalo: s/n., 1955. p. 41-42.
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domingo, 21 de abril de 2024
EM BUSCA DOS MANUSCRITOS DE AÍDA…
Por Cecilia Mattos Setubal
Não pensem que é teoria da conspiração. Também não é estratégia de marketing, não estou em busca de likes, de engajamentos... Na verdade, o que vou lançar aqui pode ser um tema fascinante para investigação: por onde anda o texto do livro da professora Aída de Souza Faria(1) sobre Belarmino de Mattos? Foi concluído, mas não publicado.
Em 2015, ao realizar pesquisas para a mostra de 125 anos desse jornalista, sondei com algumas pessoas se sabiam algo a respeito. Todos foram taxativos, afirmaram que não tinham nenhuma informação. Estranho… eu mesma ouvi meu pai, Cezar Mattos, amigo da Aída e filho de Belarmino, comentar que só faltava uma entrevista para finalizar o livro, a de Irene de Mattos Monteiro (1917-1998), sua irmã. Como a autora falecera em 2003, tentei contato com seu filho William, que revelou não saber o paradeiro dos manuscritos… Como assim? Quem os guardou? E o texto digitado? Outro mistério…
De acordo com a professora e pesquisadora Maria Nelma Carvalho Braga, o livro estava “em fase de ajustes finais com o professor Marcos Vinicius Varella, seu colaborador para assuntos de informática”(2).
Pela primeira vez escrevo sobre o “sumiço” do projeto do livro de Aída. Tenho esperança de encontrá-lo. Se alguém o guardou, considero uma falta de respeito com a memória da autora e do Belarmino. É importante que seja publicada essa história, contada através da visão dos personagens entrevistados, amigos, familiares, colegas de trabalho, políticos…
Algumas páginas de abertura, manuscritas, foram recuperadas durante pesquisa no acervo de Aída, cedido por Altivo Aleixo, diretor do Centro Educacional Raul Veiga (CERV), em São Gonçalo. O professor era o guardião do acervo e me apresentou cerca de 15 caixas contendo fotos, recortes de jornais, manuscritos, livros etc. O material foi exaustivamente analisado por mim e pelo jornalista Marcelo Oliveira, enquanto membros da comissão organizadora da mostra “Belarmino de Mattos - 125 anos”, realizada em 2016 pela União de Jornalistas de SG (Unijor).
Neste 21 de abril, comemoram-se 133 anos de nascimento de Belarmino de Mattos. É justo que a história desse itaboraiense e cidadão gonçalense seja eternizada nessa obra de Aída.
Para quem conseguir informações ou pistas, garanto como presente um exemplar da obra publicada.
Alguém se habilita?
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| Rascunho do livro encontrado no acervo de Aída Faria em 2015 |
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O professor Altivo Aleixo e a jornalista Cecilia Mattos analisam rascunhos manuscritos no acervo de Aída. Foto: Marcelo Oliveira, 2015 |
1) Aída de Souza Faria foi a primeira vereadora de São Gonçalo (1962-1966). Formou-se em direito (UFF), pedagogia (SUAM) e jornalismo (Sociedade Educacional Austregésilo Athayde). Diretora de várias escolas e de um presídio feminino. Participou de várias instituições, entre elas o Instituto Histórico e Geográfico de São Gonçalo (IHGSG) e a Academia Gonçalense de Letras, Artes e Ciências (Aglac). Seu pai, Justiniano Pereira de Faria, era amigo de Belarmino de Mattos.
2) Braga, Maria Nelma Carvalho. O município de São Gonçalo e sua história, 4. ed. São Gonçalo: Apologia Brasil, 2024, p. 190.
sexta-feira, 12 de abril de 2024
LIVRO SOBRE HISTÓRIA DE SÃO GONÇALO TEM REEDIÇÃO ATUALIZADA
Autora expõe erro histórico no brasão e na bandeira e reafirma tese sobre dia 6 de abril como aniversário da cidade
O brasão e a bandeira do município de São Gonçalo carregam um erro histórico há décadas, é o que revela a professora Maria Nelma Carvalho Braga no livro O município de São Gonçalo e sua história, 4ª edição atualizada e ampliada, que será lançado nesta sexta-feira (12/04), às 18h, no Empório Vírgula, 235, Boaçu, São Gonçalo.
Essa informação é fruto de pesquisas em várias fontes, até chegar ao modelo original: a conclusão foi que no brasão estampado na bandeira, a cana de açúcar e o café estão posicionados incorretamente em relação às datas, causando confusão sobre os períodos econômicos do município. Para a historiadora, é urgente que as autoridades façam a correção de um dos principais símbolos do município.
Maria Nelma conta a história de São Gonçalo com detalhes, como, por exemplo, a perda do distrito de Itaipu para o município de Niterói. A obra contém informações e documentos inéditos e uma coleção cartográfica criada e catalogada em 30 anos de pesquisas. A pesquisadora reafirma sua tese sobre a comemoração do aniversário da cidade no dia 6 de abril de 1579, marco da fundação, e não 22 de setembro de 1890, data da emancipação político-administrativa. Aos 79 anos, diz que não pretende lançar nova edição. Será?
O arqueólogo e historiador Claudio Prado de Mello, que possui a terceira edição, considera que “uma revisão que acrescenta mais de 200 páginas já não é uma revisão, é um livro novo”.
Personagens da história gonçalense
No livro é possível esclarecer, por exemplo, se o palhaço Carequinha e o ex-prefeito Joaquim Lavoura eram ou não gonçalenses. Outros personagens ilustres, como o jogador Zizinho, Bidu Sayão, Altay Veloso e a cantora lírica Maria Domícia fazem parte da enorme lista de personagens históricos. Há também uma curiosidade sobre o projeto de um livro acerca da trajetória de vida do jornalista Belarmino de Mattos, que não chegou a ser lançado, escrito por Aída Faria, primeira vereadora gonçalense.
“A obra de Maria Nelma se propõe a ser um compêndio de informações, mais do que de história, porque reúne dados geográficos, estatísticos, urbanísticos, sobre as instituições. Hoje em sua quarta edição ampliada e atualizada, é um material referencial para quem quer conhecer a cidade e a história de São Gonçalo”, ressaltou o historiador Rui Fernandes, da FFP-Uerj.
O professor lembrou que em 1997, no lançamento da primeira edição, havia um movimento de valorização dos trabalhos sobre a história da cidade, em que se destacavam Evadyr Molina e Salvador Mata e Silva, do Memor, e Maria Nelma elaborando seu estudo sobre São Gonçalo. Nesse período também surgiu o grupo de pesquisa “História de São Gonçalo: memória e identidade”, da Uerj.
Para o pesquisador Sérgio Toledo, a autora expõe através da sua obra um compêndio de anotações relevantes para pesquisas futuras. “Conheci Maria Nelma no Instituto Histórico e Geográfico de São Gonçalo, ela é testemunha de vários eventos marcantes na nossa historiografia. E a cada edição fez as devidas revisões históricas, diferentemente de historiadores que a antecederam, que não tiveram esse cuidado, guardando para si todo o repertório do arquivo histórico da cidade”, concluiu.
Medalha Joaquim Lavoura
Maria Nelma recebeu no dia 8 de abril a Medalha Joaquim Lavoura, considerada a mais importante da cidade. É detentora de outros títulos, como o de Cidadã Benemérita Gonçalense (2019), pela Câmara Municipal de São Gonçalo, e Medalha Joaquim Nabuco (2010), pelo Instituto Histórico e Geográfico de Niterói (IHGN) e Associação Fluminense de Belas-Artes (AFBA).
Integrante da Academia Gonçalense de Letras, Artes e Ciências, é autora dos livros O município de São Gonçalo e sua história (1997, 1998, 2006 e 2024); Higienistas e cientistas brasileiros (2006); Minhas palestras: memorial (2018); O município de São Gonçalo - uma história em resumo (2021).
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SERVIÇO:
Evento: Lançamento do livro O município de São Gonçalo e sua história
Data: 12 de abril
Horário: 18h às 20h
Local: Empório Vírgula, 235, Boaçu, São Gonçalo
Entrada franca
Contato para vendas: 21-99945-3069 (Fernanda)
E-mail da autora: prof.marianelma@gmail.com
FICHA TÉCNICA:
Título: O município de São Gonçalo e sua história
Autora: Maria Nelma Carvalho Braga
Editora : Apologia; 4ª edição (2024)
Idioma : Português
Capa comum : 592 páginas
Gênero: História, paradidático
ISBN : 978-85-5645-026-5
quinta-feira, 14 de março de 2024
IHGI RECEBE DOAÇÃO DE ACERVO DA FOLHA DE ITABORAÍ
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O presidente do IHGI, Deivid Antunes e a doadora do acervo, Maria Regina Barros, que participou da cerimônia por chamada de vídeo. O presidente do Instituto Histórico e Geográfico Itaborahyense (IHGI), Deivid Antunes, e o diretor técnico do Arquivo Histórico do IHGI, Rubens Carrilho, assinaram nesta quarta-feira (13/03) o Termo de Doação do Acervo da Folha de Itaboraí, realizada por Maria Regina Barros, filha do jornalista Odyr Barros (1917-2004), que dirigiu o periódico durante 55 anos. O evento ocorreu no Cartório do 2º Ofício de Itaboraí e contou com a presença de familiares e amigos do jornalista, falecido em 2004.
Também participaram: Ramon e Renata Barros, netos de Odyr, Elaine Teixeira, Lia Nascimento, Dona Agmar, filha do ex-prefeito Roberto Pereira dos Santos e Giselda Scotelaro, ex-diretora da Biblioteca Municipal Joaquim Manuel de Macedo. Assinaram como testemunhas: Jorge de Almeida Santos, Cecilia Mattos Setubal (jornais Gazeta de S. Gonçalo e O São Gonçalo) e Heimar Costa (jornal O Itaborahyense). A Folha de Itaboraí foi fundada em 1948 por Belarmino de Mattos (1891-1970); após 18 meses, este transferiu a direção e propriedade do jornal para Odyr Barros.
Rubens Carrilho, diretor técnico do Arquivo Histórico do IHGI
#BelarminodeMattos #jornalismo #comunicação #mídia #história # memória #IHGI |
domingo, 20 de agosto de 2023
Eleição e posse da nova diretoria do IHGI
O Instituto Histórico e Geográfico Itaborahyense (IHGI) elegeu neste sábado (19/08) a diretoria e o conselho fiscal para o próximo biênio 2023-2025, mantendo como presidente Deivid Antunes Pacheco. O historiador destacou os principais projetos realizados pela instituição desde sua fundação em 2017 e falou sobre os planos para a nova gestão, entre os quais a publicação de novas edições da Revista do IHGI e a realização de um curso de História de Itaboraí e sessões temáticas.
“Hoje começamos a colher os resultados do sonho de alguns loucos por história que buscam mostrar a contribuição de Itaboraí para o desenvolvimento dessa região e do país", disse o presidente do IHGI.
A eleição e a posse foram realizadas em assembleia geral na Casa Paulina Porto, Praça Marechal Floriano Peixoto, 431, Itaboraí. A nova gestão vigorará de 16 de agosto de 2023 até 15 de agosto de 2025.
Após a posse, o presidente Deivid Antunes promulgou a Portaria nº 1/2023, que designa os diretores das comissões permanentes do IHGI.
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Paula Moraes, Dawson, Rui, Rubens, Lucia, João, Deivid, Hildebrando, Juber, Cecilia, Wendell, Cris Rosa. Foto: Jéssye Oliveira |
Diretoria e Conselho Fiscal eleitos para o biênio 2023-2025
Diretoria
Presidente - Deivid Antunes da Silva Pacheco
Vice-Presidente - João António Duarte Graça Vieira
Chanceler - Renata de Souza Pereira Aymoré Araújo Gama
Primeiro Secretário - Rui Aniceto Nascimento Fernandes
Segundo Secretário - Dawson Nascimento da Silva
Primeiro Tesoureiro - Sérgio Toledo Rodrigues
Segundo Tesoureiro - Juber Brandão de Decco
Conselho Fiscal
Presidente - Rubens Carrilho Fernandes
Conselheira - Cecilia Maria Vianna de Mattos Setubal
Conselheira - Cristiane Rosa Pereira Jardim
Principais realizações do IHGI de 2017 a 2023
- Instalação do Arquivo Histórico
- Lançamento da Revista do IHGI
- Aprovação de dois projetos culturais pela Lei de ICMS do Estado do RJ
- Publicação do livro Itaboraí e Independência do Brasil: história, memória, patrimônio cultural e celebrações (1822-2022) patrocinado por edital público.
- Lançamento de longa-metragem dos bastidores do projeto do livro.
- Aquisição de dois acervos privados por doação: Coleção Zeca Palácio e Coleção Antônio Joaquim de Macedo Soares.
- Aquisição de dois retratos por doação ao futuro Museu Histórico.
- Aquisição de um retrato de figura histórica, por compra financiada por edital público.
- Lançamento do novo site do IHGI
- Organização de palestras
- Participação no processo seletivo do Edital do Consulado dos Estados Unidos para desenvolvimento de proposta de projeto de inventário, catalogação e digitalização do patrimônio documental de Itaboraí.
- Articulação e orientação na fundação do Instituto Histórico, Geográfico e Ambiental de Maricá (IHGAM)
- Desenvolvimento do Projeto do Bicentenário
- Inauguração de Placas dos Lugares de Memória
- Missas e Ação de Graças
- City Tour no Centro Histórico
LANÇAMENTO DO LIVRO
O livro Itaboraí e Independência do Brasil: história, memória, patrimônio cultural e celebrações (1822-2022) foi lançado no dia 8 de julho em Itaboraí/RJ e no dia 22 de julho em Ouro Preto/MG. Organizado por Cecilia Mattos Setubal*, Deivid Antunes e Rui Aniceto Fernandes, foi patrocinado por edital do governo do estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
(*) Cecilia Mattos Setubal é ocupante da cadeira n. 8 do Instituto Histórico e Geográfico Itaborahyense (IHGI), cujo patrono é o jornalista Belarmino de Mattos.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2022
Ah, se eu soubesse!
| Antiga sede do jornal Folha de Itaboraí na rua São João. Óleo sobre tela. Cris Rosa |
Por Cris Rosa*
Lembro-me do Sr. Odyr Barros quando, na minha infância, indo para a escola, sempre o encontrava saindo de sua casa na Rua Castelo Branco, 1444, Centro.
Alto, magro, sério e sempre com uma pasta debaixo dos braços, lá saía o Sr. Odyr, com passos largos e firmes, provavelmente para mais um dia de trabalho, em seu jornal, para escrever /relatar as notícias as quais são histórias hoje.
Eu, na minha simplicidade e inocência, jamais poderia imaginar que todos os dias encontrava com alguém tão importante e que representava de forma singular o jornalista não só de Itaboraí, mas de uma época, de uma população.
Ah, se eu soubesse!
Tive a oportunidade de vê-lo inúmeras vezes, não só na rua de sua casa, mas também em diferentes eventos, em vários locais, em desfiles, no palanque, na escola...
A Folha de Itaboraí era uma marca da cidade, as referências, as notícias, como eram direcionadas, a diagramação, a forma como era produzida me chamava a atenção, acredito que já era minha essência de artista plástica gritando no meu interior.
Cresci, me formei e tive a oportunidade de lecionar para seus netos.
É a vida seguindo seu fluxo.
À saudosa pessoa de Sr. Odyr, gratidão por ter feito tanto pela nossa Itaboraí!
*Cris Rosa é artista plástica. O texto é uma homenagem ao jornalista Odyr Barros (13/3/1917 - 31/1/2004), diretor da Folha de Itaboraí, jornal fundado por Belarmino de Mattos em 24 de junho de 1948.



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